2010-06-27

SUEDE - 1989-1991: Formação e primeiros anos

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A banda formou-se em 1989, quando Brett Andrerson, a namorada Justine Frischmann e seu amigo de infância, Mat Osman, publicaram um anúncio na revista NME solicitando um guitarrista. Smiths, Commotions, David Bowie e Pet Shop Boys eram palavras chave. O jovem guitarrista Bernard Butler fez as audições juntou-se ao grupo, que foi baptizado como Suede (em honra à música Suedehead de Morrissey dos Smith).

Uma vez que não tinham baterista, nos seus primeiros pequenos concertos em Camden (bairro do centro-norte de Londres) utilizaram uma bateria electrónica. Ao longo da sua carreira não são poucas as vezes que o termo “drum machine” surge nas suas letras.

O primeiro salto deu-se com a sua segunda demo, Specially Suede, gravada com o objectivo de competir no Demo Clash, uma competição organizada pela maior rádio londrina e dinamizada pelo DJ Gary Crowley. Wonderful Sometimes venceu o Demo Clash durante cinco semanas seguidas, proporcionando um contrato discográfico com a editora indie RML de Brighton.

Após uma séria de concertos com uma, pouco segura, bateria electrónica, os Suede recrutam Justin Welch como baterista, todavia seis semanas depois abandona o grupo para se juntar aos Spitfire (mais tarde formaria os Elastica com Justine Frischann). Mike Joyce (ex-baterista dos Smith) respondeu a um anúncio para substituir Welch, tendo gravado duas músicas com a banda, apesar de considerar ter um estatuto superior ao da banda. Estas duas faixas foram incluídas no single da RML “Be My God”/”Art”, cujos exemplares viriam a ser destruídos, fruto da insatisfação da banda.

Ricky Gervais (Universidade de Londres),foi temporariamente o manager da banda, tendo enviado uma demo para a Nude Records. Simon Gilbert (também da Universidade de Londres) ouviu a demo em 1990, e apercebendo-se que a banda necessitava de um baterista, candidatou-se a uma audição, tornando-se o baterista permanente dos Suede.

Em 1991, o namoro entre Anderson e Frischmann termina, tendo esta começado a sair com Damon Albarn (Blur). Frischmann acreditava que o grupo conseguia lidar com esta nova situação. No entanto, a tensão aumentou, Butler recorda-se: “Ela chegava tarde aos ensaios e dizia as piores coisas do mundo – ‘estive na filmagem de um vídeo dos Blur’. Foi quando realmente terminou. Foi no dia a seguir a ela ter dito isso que o Brett ligou-me e disse: ‘pu-la fora da banda.’”

Após a saída de Frischmann, o espírito do grupo alterou-se. “Se Justine não saísse da banda” diz Anderson, “penso que não teríamos chegado a lado algum. Foi a combinação da motivação pessoal, e química ser a correcta logo após a sua saída”.

Anderson e Butler tornaram-se amigos chegados e escreveram várias músicas juntos. No entanto, a música da banda estava descompassada em relação às suas congéneres de Londres e às do movimento grunge dos EUA. “Durante todo o 1991, a A&R nunca nos deu muita atenção”, lembra-se Anderson.

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